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Uma revolução tecnológica. Essa é a melhor forma de definir o impacto da implementação no Brasil da nova geração de internet móvel. Isso porque o 5G vai ampliar de forma radical as possibilidades de uso dos dispositivos digitais por parte dos usuários e, também, pelas empresas. E, como sempre ocorre em processos de avanços tecnológicos, o 5G deve gerar empregos, com a previsão de abrir cerca de 675 mil novos postos de trabalho no país até 2025, impulsionados pelos investimentos em transformações digitais nas organizações.

A tecnologia 5G oferece uma velocidade maior para baixar e enviar arquivos, com redução do tempo de resposta durante uma conexão. Na comparação com a tecnologia 4G, a velocidade de uma conexão 5G é cem vezes superior. Para se ter uma ideia do que isso significa, uma centena de vezes mais rápido é a diferença de velocidade entre um ciclista disputando uma prova e um avião caça em pleno voo.

Além da velocidade, outro diferencial do 5G é a latência, ou seja, o tempo de resposta entre um dispositivo e um servidor de internet – processo que tem como melhor exemplo o chamado “delay” em chamadas por vídeo, que obriga uma pessoa do outro lado esperar alguns segundos até ver e ouvir a mensagem enviada pelo interlocutor. Numa conexão 4G, a latência média varia entre 50 e 70 milissegundos. Nas transmissões em 5G, varia entre 1 e 5 milissegundos, imperceptível para o internauta.

Do ponto de vista prático, a conexão 5G abre caminho para adoção de novas ferramentas digitais impossíveis de serem usadas com o padrão atual. Da mesma forma que não era possível existir o Uber na era do 3G – porque as características essenciais do aplicativo, como localização e velocidade, só estiveram disponíveis com a conexão por meio de redes espalhadas, desenvolvida pela tecnologia 4G --, os novos sensores e aplicações previstas pelo 5G vão tornar viável o uso do carro autônomo, o que hoje é impossível sem risco de acidente. Ou seja, vamos sair do avanço de chamar um motorista de Uber após alguns cliques para algo impensável há pouco tempo, uma viagem de carro sem motorista.


Dados migram para nuvem

Outra transformação importante se dará no uso do smartphone e outros dispositivos móveis, como pulseiras e relógios conectados. A alta velocidade de conexão da tecnologia 5G fará com que boa parte do processamento de dados deixe de ser feito no chip do aparelho e passe para a nuvem, utilizando a potência dos servidores.

Esse detalhe vai ajudar a aumentar a densidade de dispositivos aptos a funcionar numa mesma área. Hoje, o máximo que a tecnologia 4G suporta sem causar lentidão ou queda de conexão é de 100 mil dispositivos online por quilômetro quadrado. No 5G, será de 1 milhão de dispositivos na mesma área.

Com tantas novidades prometidas pelo 5G, muita gente ainda tem dúvidas sobre o que muda no dia a dia para quem usa a internet. Primeiro, é bom lembrar que os celulares atuais continuarão funcionando nas redes 4G, 3G e 2G – essas conexões não deixarão de operar. O mesmo ocorre com a internet fixa: apesar de a rede móvel, por onde a tecnologia 5G vai rodar, prometer velocidades maiores do que as que hoje temos em casa, o Wi-Fi ainda será a ponte para conectar a rede fixa à internet depois da implementação da rede 5G.


Impacto nas empresas

Se para o usuário comum já e possível vislumbrar novas possibilidade de uso, a rede 5G também promete impactar de forma positiva as empresas, em especial na inteligência do negócio. A partir do 5G, o ambiente corporativo vai lidar com volumes muito maiores de informação e acessar os recursos de computação necessários para segmentá-la de maneira mais eficiente, gerando estratégias inovadoras de negócio.

A premissa é simples: com conexões mais rápidas e estáveis, é hora de investir na automatização e simplificar processos de análise e gestão. Conceitos ligados à tecnologia de última geração, como Inteligência Artificial, Business Intelligence ou BI, Internet das Coisas (IoT) e Big Data tendem a ser rapidamente incorporados nas empresas a partir da chegada do 5G. E quem busca essas soluções desde já está saindo na frente.

Os softwares e aplicativos utilizados pelo setor corporativo e incorporados à nuvem vão ganhar maior desenvoltura, com novas aplicações. Do ponto de vista da gestão, a tecnologia 5G vai melhorar os processos internos. CRMs e softwares de planejamento estratégico, por exemplo, ganham mais eficiência por conta do aumento de cobertura da rede, de velocidade e conexão mais estável, proporcionando o monitoramento de indicadores e planos de ação de forma remota e simultânea.

De forma mais ampla, o setor corporativo mais beneficiado pelo 5G é a chamada Indústria 4.0, ligada à automação robótica de processos. A nova tecnologia vai impulsionar o desenvolvimento de carros autônomos, cirurgias remotas e uma série de funcionalidades, como as casas e cidades inteligentes, conexão total do agronegócio – com chips em rebanhos e monitoramento de lavouras capazes de medir fertilidade e umidade do solo em tempo real, por exemplo --, além de uma infinidade de aplicações ainda a serem desenvolvidas.

Outras transformações vêm a reboque. Conexões mais rápidas e robustas tendem a levar as empresas a contar com criptografia mais sofisticada, dando mais confiabilidade na transmissão de dados sensíveis. Grosso modo, a tecnologia 5G deve causar o mesmo impacto que a invenção da máquina a vapor trouxe para o processo de industrialização. 


Implementação lenta

Com tantas vantagens e desafios, é alta a expectativa para a adoção dessa novidade. A tecnologia 5G começou a ser implementada em 2019 em alguns países da Europa, nos Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e China. No Brasil, o processo de implementação já teve início, mas ainda vai levar alguns anos para que o 5G seja uma realidade em todo o território brasileiro.

Parte da dificuldade dessa implementação diz respeito à tecnologia de apoio. As operadoras precisam instalar estações rádio base (ERB) – ou antenas – e as pessoas terão de comprar aparelhos compatíveis com a rede. A questão das antenas é a que deve causar maior demora para a adoção completa do 5G. Isso porque a nova tecnologia permite o uso de mais opções de frequência, desde UHF (Frequência Ultra Alta), que designa as faixas entre 300 MHz e 3GHz, até as frequências em onda milimétricas, entre 24GHz e 300 GHz. As frequências são como “rodovias” por onde os sinais transitam – como numa estrada, cada frequência ocupa uma faixa.

Essas frequências mais altas (que não são utilizadas pelas atuais redes 4G) permitem maior velocidade de conexão, mas têm alcance reduzido, contado em centenas de metros. Com isso, são mais facilmente bloqueadas pela presença de objetos físicos, como paredes, árvores ou uma porta, por exemplo. A solução é instalar um número maior de antenas de transmissão, com tecnologia mais moderna – uma tarefa complicada num país com dimensões continentais e uma legislação de antenas em áreas urbanas ainda restritiva.

Todo o processo de implementação da rede 5G está sendo supervisionado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o órgão regulador do setor. Por causa da pandemia, o leilão das faixas de radiofrequências para o 5G – previsto para 2020 -- foi realizado apenas em novembro de 2021. Cerca de 85% do montante ofertado foi arrematado por R$ 47,2 bilhões.

O calendário de implementação da tecnologia foi escalonado, prevendo que se instale mais estações rádio base (ERB) nas cidades com o passar do tempo. Na prática, é isso o que garantirá cobertura de sinal 5G. A primeira etapa prevê que, até 31 de julho de 2022, todas as 26 capitais do Brasil e o Distrito Federal tenham uma ERB para cada grupo de 100 mil habitantes – o que não significa que essas cidades oferecerão a frequência em todos os lugares. O acesso inicial ao 5G deve ficar concentrado em regiões mais ricas das grandes cidades, já que as operadoras devem instalar as antenas em bairros com uma demanda maior da conexão.

A cobertura completa está prevista apenas para o final de 2029, limite estipulado para empresas que vencerem os lotes regionais terão para instalar antenas 5G em municípios com menos de 30 mil habitantes.

A boa notícia é que algumas cidades já estão usufruindo da tecnologia 5G. Desde dezembro de 2021, as cidades de Franca (SP), Uberaba e Uberlândia (MG) começaram a receber o sinal 5G. A tecnologia chega por meio da distribuição do sinal pela operadora mineira Algar Telecom, que adquiriu a faixa de frequência 2,3 GHZ do 5G no leilão da Anatel. A rápida instalação foi possível graças a liberdade da faixa de frequência e instalação ágil de redes de transporte e plataformas de serviço nessas cidades.

Já a “conexão 5G” oferecida na TV por operadoras, em promoções de pacotes de dados, ainda não é considerada o 5G "puro". Na verdade, trata-se do 5G DSS (Compartilhamento Dinâmico de Espectro, da sigla em inglês), que funciona como transição entre a quarta e a quinta geração da rede. Essa rede usa as mesmas frequências do 4G com uma velocidade maior, mas não chega a entregar o potencial máximo do 5G, que só será atingido com a instalação de uma nova infraestrutura que entregará o 5G SA (standalone, ou autossuficiente, na tradução para o português) – nome das faixas que foram leiloadas pela Anatel.


Preço de pacotes e smartphones compatíveis

Embora as operadoras ainda não tenham definido como será a tarifação de serviços para a tecnologia 5G, a expectativa é de que, por oferecer maior velocidade e menor latência, o preço dos planos tende ser mais alto que o cobrado atualmente nas opções com 4G.

Ofertas de uso ilimitado, por exemplo, provavelmente deixarão de existir e o mercado deverá trabalhar com pacotes para diferentes perfis de consumidores, com o preço atrelado ao nível de serviço.

Outra preocupação dos consumidores é a compatibilidade dos atuais celulares no mercado à nova tecnologia 5G. Especialistas lembram que, a princípio, é possível planejar uma troca a médio prazo dos modelos atuais, compatíveis com o 4G, pelos que rodam 5G, por causa da demora para a nova rede ser implementada

Os fabricantes, porém, já oferecem smartphones compatíveis com o 5G. Os preços são salgados. O modelo mais barato da Apple, o iPhone 12 mini, por exemplo, custa mais de cinco mil reais, enquanto o Xiaomi 11 Lite 5G NE sai por pouco menos de 4 mil reais. Outras marcas têm melhores ofertas, como a Samsung (Galaxy A32 5G) e Motorola (Moto G50 5G), a partir dois mil reais.

FAQ / People Also Ask

A tecnologia 5G oferece uma velocidade cem vezes maior do que a 4G para baixar e enviar arquivos por meio da rede móvel, com redução do tempo de resposta (latência) durante uma conexão. Com isso, vai ampliar as possibilidades de uso dos dispositivos digitais por parte dos usuários.

Além da capacidade ampliada de tráfego de dados, as conexões serão mais estáveis, o que deverá gerar estratégias inovadoras de negócio para as empresas --  que tendem a  investir na automatização e simplificação de processos de análise e gestão. Há ainda previsão de criação de 675 mil novos postos de trabalho no país até 2025, impulsionados pelos investimentos em transformações das empresas.

Não. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existem estudos científicos demonstrando uma relação causal capaz de levantar preocupações sobre os efeitos da radiação (em níveis normais de exposição) do sinal 5G no corpo humano.

A mineira Algar Telecom, que adquiriu a faixa de frequência 2,3 GHZ do 5G no leilão da Anatel, disponibilizou sinal 5G desde dezembro de 2021 nas cidades de Franca (SP), Uberaba e Uberlândia (MG). As demais operadoras devem oferecer pacotes a partir de julho de 2022, quando parte dos bairros de todas as capitais estaduais e do Distrito Federal começam a receber sinal 5G.

A oferta de serviço 5G estará condicionada à instalação de estações rádio base (ERB) ou antenas. A nova tecnologia vai utilizar frequências mais altas que as da rede 4G, o que vai exigir antenas específicas. Como elas têm alcance reduzido, contado em centenas de metros, será necessário instalar mais antenas para a rede funcionar. Por enquanto, apenas Franca (SP), Uberaba e Uberlândia (MG) dispõe de antenas 5G instaladas, mesmo assim, apenas em alguns bairros.

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