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O necessário ressurgimento das economias após momentos particularmente difíceis, abre um cenário de boa colheita para os corretores de seguros. Quais são as áreas de maior projeção e o que o setor de seguros pode lhes oferecer? Marc Poliquin, head de P&C para a América Latina da Chubb, analisa aqui o cenário atual.

À medida que a pandemia acalma e seu desgaste – emocional, econômico e de saúde - dá lugar a um mundo com novas oportunidades, pouco a pouco se torna visível o que Marc Poliquin, head de P&C para a América Latina da Chubb, chama de “Corretores empoderados”. Com isso, ele se refere a como, de mãos dadas com as novas tecnologias - que até os mais relutantes foram obrigados a usar -, os corretores de seguros aumentaram sua eficiência, agilidade e conectividade, tanto com seus clientes quanto com seus provedores. E isso, sem dúvida, rendeu-lhes bons dividendos. Como resultado, muitos corretores tiveram um aumento significativo em suas vendas.

Soma-se a isso um contexto socioeconômico que traz novas perspectivas para a região, graças ao necessário ressurgimento das economias: tanto os governos quanto o setor privado estão tomando medidas para reativar os mercados, com foco nas áreas mais prejudicadas ou que permitem recuperar mais empregos. Segundo Poliquin, esse é um cenário de demanda reprimida, como são chamados os períodos em que, após um tempo de baixo gasto ou investimento, ocorre um aumento que vai além do usual.

Em geral, esse tipo de demanda tende a se concentrar em serviços ou produtos específicos. Hoje, diz o executivo, a construção é, sem dúvida, um desses setores. Particularmente na América Latina, onde tem havido um aumento de projetos público-privados de grande escala como ferramenta para impulsionar o crescimento e o emprego. Mas há também a retomada de planos imobiliários menos ambiciosos, que haviam sido adiados, e o surgimento de muitos projetos que partem do mundo das PMEs e nem sempre estão localizados nas grandes cidades. Poliquin ressalta que esse tipo de iniciativa não costuma receber muita atenção do mercado segurador, apesar de seu potencial, o que sem dúvida abre uma grande oportunidade de crescimento para os corretores. Porque, além do seguro para o processo construtivo em si, esse mercado oferece grandes possibilidades para a área de seguros financeiros, que em alguns países é até exigido por lei. Nesse contexto, diz ele, “a necessidade de reativação dos países tem mantido as taxas de juros baixas em vários países latino-americanos, o que aumenta o capital acessível”.

Poliquin acrescenta que cada vez mais se abre campo para seguros relacionados ao setor de logística e transporte de cargas. Os meses em que as importações foram interrompidas como resultado da desaceleração da pandemia foram deixados para trás e hoje o mercado de transporte está crescendo de forma acelerada. “Este não é um assunto para amanhã. Estamos vendo isso hoje”, acrescenta. “Está se intensificando a tendência de maior demanda por seguros que protejam os produtos embarcados, tanto internacionais como nacionais, com apólices anuais ou de transporte avulso". Esta é uma área em que, destaca, a Chubb tem um importante valor agregado. “O que oferecemos é superior a muitas empresas em termos de cobertura para os exportadores, principalmente se forem para os Estados Unidos ou Canadá. O mesmo para a Europa. Isso é algo que só uma multinacional como a Chubb pode oferecer”, garante. “Além disso, com a Chubb o limite de cobertura pode ser substancialmente maior e temos grande capacidade e experiência para fazer apólices sob medida para cada cliente, o que é muito valorizado por nossos clientes”.

Poliquin se mostra otimista. “A América Latina tem um grande povo”, conclui. “É uma cultura cheia de esperança e coragem. Temos muita fé nos nossos parceiros da região e vemos que tudo caminha para um futuro melhor para todos, profissional e pessoalmente”.