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Este novo mundo digital paralelo abre oportunidades de investimento para muitas indústrias. Como e para que o seguro poderia ser adicionado em um futuro próximo?

O metaverso, que já está sendo considerado como o eixo da “quinta revolução industrial” e descrito como “internet 3.0”, é um mundo 3D, onde os usuários interagem por meio de seus avatares, utilizando tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada. Nele convivem objetos e identidades, em tempo real, mas também direitos e pagamentos, tanto em moeda física quanto em criptomoedas, o que sem dúvida abre oportunidades para muitas indústrias.

Este é um fenômeno que se acelerou no contexto da pandemia. Segundo a Bloomberg, essa economia paralela estaria avaliada em 500 bilhões de dólares, valor que promete disparar nos próximos anos. Empresas de diversas áreas já estão investindo nele, desde as esperadas multinacionais tecnológicas (como Google ou Microsoft) até Alibaba, Disney, Hyundai, Nike, LG e muitos produtores de conteúdo ou entretenimento que aplaudem a possibilidade de ter uma nova plataforma. Assim, enquanto a popular cantora Ariana Grande já ofereceu shows no Fortnite, a Disney anunciou que está projetando parques temáticos nesse  formato 3D. E é só o começo.

 

Como e para que a indústria de seguros poderia aderir a essa tendência?

 

As apólices são usadas há muito tempo para proteger os ativos intangíveis, como é o caso da propriedade intelectual, patentes e outros ativos intangíveis. Por que a mesma lógica não se aplica ao mundo virtual? Se, como relatado publicamente e apenas para dar um exemplo, uma pessoa pagou US $ 450.000 por um pedaço de terra no Snoopverse, o mundo virtual que o rapper Snoop Dogg está desenvolvendo dentro do The Sandbox, não é razoável supor que precisará proteger esse contra ameaças cibernéticas típicas do mundo digital, como hacking ou roubo de identidade?

Para muitos analistas, a entrada dos seguros nesse mercado é apenas uma questão de tempo. No jornal espanhol El Economista, por exemplo, José Sánchez Mendoza destaca: “no metaverso, as pessoas poderão desempenhar todos os papéis produtivos: trabalhador, empresário, cliente, consumidor e, claro, segurado (...) A Matrix já está aqui, procurando uma apólice”.

Enquanto isso, conhecer essa tendência e entender seu possível alcance ajudará os agentes e corretores a estarem cada vez mais preparados para entrarem nesse novo mundo paralelo.